quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Risoto com Arroz Arbóreo, Carnaroli e Agulinha!



Arroz Carnaroli

A impressão que muitos restaurantes têm é que tudo é risoto, não, é sério, tô falando sério mesmo. Vai me dizer que você nunca foi num quilão pegou aquela fila e em um dos rechauds está lá: Risoto de Cogumelos, de Alho Poró, de Legumes (aqueles que sobraram de ontem), de frango (esse da semana passada que ficou congelado) ou de tantos outros sabores. Não estou dizendo que Risoto não pode ter esses sabores é claro que pode, mas o que estou querendo dizer é que Risoto tem que ter arroz de Risoto. No Brasil os mais comuns são o Arbório, um pouco mais barato e de grão mais curto e o Carnaroli o de grão maior e mais compridinho (eu prefiro esse) e claro não podemos deixar de falar dele o famoso Agulinha, aquele branquinho que é uma delícia com feijoada.
Os dois primeiros arrozes tem grãos mais firmes e não quebram tão fácil. Eles ficam o tempo todo sendo mexidos na panela e isso é que faz com que libere amido e deixe o RISOTO cremoso naturalmente. Fica tranquilo, esse você vai encontrar em restaurantes bacanas, só para dar um exemplo paguei semana passada num quilo do Carnaroli R$ 16,50, isso reflete o preço dele no restaurante e justifica o por que de você encontra-lo em restaurantes bacanas, sem contar que para finalizar ele vai tradicionalmente manteiga e parmesão na finalização e tem por obrigação ser servido na hora. Imagine o parmesão endurecendo em um rechaud, tudo bem, você até pode encontrar, mas com certeza a textura estará completamente comprometida.
Mas você deve estar se perguntando e aquele risoto do rechaud? Ó Mr. M mostre o seu segredo. Tá bom eu vou falar. Aquele risoto é feito com o terceiro arroz que mencionei o Agulinha que custa oitão o pacote de 5Kg (vejam a diferença do preço) e que não pode de jeito nenhum ser mexido durante o cozimento senão ele se quebra todo. E para deixá-lo molhadinho os Quilões colocam depois que o arroz está cozido Veloute, Bechamel, Asa de Morcego, Unha de Rato ou sei lá mais o que para deixa-lo molhadinho. Sacou?
Minha intenção não é falar mal dos "Risotos" de alguns Quilões, mas simplesmente tentar explicar de uma forma bem simples a diferença que existe entre os arrozes e os Risotos.
Um abraço
Até

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Alho Negro! Vai encarar?




Olha, eu como de tudo, claro, nunca cheguei em um açougue e pedi: o amigão pesa 1/2 kg de olho de bode no capricho! Pô, isso também já é coisa de No Limite.
A primeira vez que ouvi falar no alho negro, pensei, alho, negro? Olha eu no Hipertensão. Mas mesmo assim pensei, eu preciso conhecer esse ingrediente, conhecer é uma coisa, comer é outra, pra minha sorte meu amigo André da Presto Pizza www.prestopizzas.com.br desenvolveu um pizza com alho negro e me convidou para conhecê-lo. Pela foto acima vocês podem perceber que a cara não anima muito, ele até parece que está estragado, é um pouco molengo e pra quem não gosta nem de alho crú, imagina com essa cara de resto de supermercado.
O André não produz, mas me explicou que ele fica em uma estufa durante dias em temperatura e umidade controlada e por isso muda de cor, textura e principalmente sabor.
Bom para facilitar imaginei a Glenda dizendo valendo! E para minha felicidade comi o alho, que agora posso dizer: é uma delícia. É mácio, desmancha na boca e tem um sabor muito leve, agradável, que só experimentando para ter idéia do que estou falando.
Para finalizar descobri que como tudo que é novidade é caro, o valor do Alho Negro é de amargar R$ 100,00 o Kg, mas posso dizer vale cada centavo.
Ele não é encontrado em supermercados por que é produzido artesanalmente, mas quem quiser conhecer eu sujiro dar um pulo na Presto e experimentar a Pizza Nero.
Um abraço.
Até